Mensagem de fim de ano
Lésbica, sapata, fancha, caminhão.
Lady, barbie, do
babado, sapatão.
Sáfica, cola
velcro, encubada, sandalinha.
No armário,
assumida, bolachona ou bofinha.
Não importa o nome:
Amar outra mulher faz parte da nossa revolução. É um ato de resistência, de
identidade, de afirmação! E vai além da simples existência porque ser lésbica é
quase uma competência. Beira, sei lá, um tipo de resiliência. Nós fazemos parte
da evolução – e este é um papel e tanto, que tem lá o seu encanto, mas eventualmente
apresenta algum confronto, no entanto. Por sorte, somos fortes, temos o aporte
de sermos parte de uma mesma população. Você nunca esteve sozinha (acredite!,
não hesite): estamos conectadas, todas sintonizadas, imagine que estou segurando
a sua mão.
Que em 2022 tenhamos
boas histórias, com mais experiência do que displicência, que sejam envolventes,
personalizadas e com dedicatórias, daquelas que a gente ama, que sempre têm um
pouco de drama (talvez para dar mais emoção, tirar um pouco nosso pé do chão), mas
que no fim nos tiram da lama e nos levam ao céu, em encontros de almas que podem
envolver grinalda e véu – mas não será uma bravata se por acaso escolher terno
e gravata, se isso for do seu gosto!, afinal, visibilidade lésbica não precisa
ser só em agosto (vista-se como quiser, ame como puder!). Quem se importa com
roupa, afinal, ou corte de cabelo, adereços, estilo ou visual? Que regras são
essas que afetam quem é marginal?
Deixe que considerem
uma afronta; o que mais tem é gente contra porque ser mulher é quase um ato de
rebeldia, e ser mulher lésbica tem um peso a mais na conta. Encontra teu norte
e vai.
Feliz ano novo!
Essa mensagem pode ser ouvida: Ouça caribu
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