16 de março de 2021, um ano de Covid-19, que começou em 2020
Um ano.
Trezentos e sessenta e seis dias e noites (porque 2020 foi bissexto) de um
período que jurávamos que seria de, no máximo, 40 dias – fazendo jus ao nome,
“quarentena”. Um ano de privações, de isolamentos, de mudanças bruscas na
rotina, na realidade, e mortes. Muitas mortes. Algumas (sabemos que não são todas!)
contabilizadas e lançadas oficialmente, como resultado angustiante de uma
epidemia que ainda agora nos paralisa, de medo e raiva. Quem diria que o
resultado das eleições de 2018 seria sentido ainda mais com tanto pesar, não é
mesmo? Estamos desgovernadas; lançadas à própria sorte, numa maré de azar. Até
o Zé Gotinha está armado de fuzil. Que tempos sombrios!
Um ano depois e
ainda discutimos medidas sanitárias que já deveriam fazer parte da nossa
rotina, como os afastamentos sociais de todos os tipos, o uso de máscaras,
lavar as mãos etc. e tal. Um ano depois e não vemos, ainda, uma luz de
esperança se acender nesse túnel escuro de doença e tristeza – ao contrário,
tudo parece cada vez mais breu, com perdas de todos os lados. E há o risco de
algumas de nós possivelmente não se beneficiarem de uma vacina que
provavelmente não dará conta de tantas novas cepas e mutações. Nunca sentimos
tanto a fragilidade da vida! De exportador de commodities, o Brasil virou o
celeiro mundial de novas variações da doença.
É uma luta pela
sobrevivência, silenciosa. Quase imperceptível, apesar de ser possível sentir o
peso dos dias com o passar das horas, entre quatro paredes que, aqui, foram até
pintadas de verde em dias de tédio. Mas, talvez por isso, agora seja possível
enxergar a vida sob outra ótica, numa perspectiva que valoriza ainda mais o
presente do presente. Que é efêmero!
Tudo muda, o
tempo todo. A gente, também.
Desejo sorte às
navegantes do futuro, que neste momento selam essa conexão comigo. Estamos
juntas, sinta o meu abraço! Mantenha a cabeça para fora, não afunde, não se
afogue! Não se cobre por coisas que não temos controle; mas controle tudo aquilo
que está em seu poder: sua sanidade, sua paz de espírito. Salve-se!
Respire!, e se inspire a mergulhar em você mesma, porque há mundos fantásticos que ainda não foram desbravados, que te esperam e te aguardam com a expectativa de um planeta sem covid. Mesmo afastadas, seguimos juntas!
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